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A Importância da Atuação do Psicólogo no Autismo


Contribuições dos tratamentos complementares por Bia Morais

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido popularmente como autismo, afeta milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo cerca de 2 milhões de brasileiros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A Lei 13.861/2019, aprovada em 2019, foi um marco ao incluir informações sobre o autismo nos censos demográficos, refletindo a crescente conscientização sobre a condição.

O autismo é caracterizado por dificuldades na interação social, na comunicação verbal e por comportamentos repetitivos. Suas causas são complexas, envolvendo fatores genéticos e ambientais. A atuação do psicólogo é crucial tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento, mas outras terapias também desempenham papéis importantes no desenvolvimento das pessoas com TEA.

A Importância da Atuação do Psicólogo no Autismo

Sintomas Principais do Autismo

Dificuldade na Interação Social

  1. Desde cedo, crianças com autismo podem apresentar dificuldades em se relacionar. Elas podem evitar contato visual, preferir ficar sozinhas e não demonstrar afeto da maneira convencional, como evitar beijos e abraços. Essas dificuldades também se refletem nas brincadeiras, onde podem preferir atividades solitárias ou repetitivas.

Dificuldade na Comunicação

  1. A comunicação é um desafio significativo para pessoas com TEA. Muitas vezes, essas crianças têm dificuldades em formar frases, responder perguntas ou compreender gestos e expressões faciais. Isso pode levar à impressão de que estão “no mundo da lua”, sem responder quando chamadas.

Comportamentos Repetitivos e Alterações de Comportamento

  1. Comportamentos atípicos são comuns, como uma grande agitação em ambientes estimulantes ou uma fixação intensa em certos objetos, ou atividades. Em alguns casos, podem exibir comportamentos de risco, como atravessar a rua sem olhar, exigindo atenção redobrada dos cuidadores.
A Importância da Atuação do Psicólogo no Autismo

Diagnóstico e Tratamento: O Papel do Psicólogo

Para um diagnóstico preciso do autismo, é essencial a avaliação de um psicólogo, que observa o comportamento da criança, dialoga com os pais e utiliza ferramentas específicas para identificar o TEA. No tratamento, o psicólogo ajuda a criança a desenvolver habilidades de comunicação e interação social, além de trabalhar o entendimento e manejo das emoções. Embora o autismo não tenha cura, a terapia pode proporcionar uma melhor qualidade de vida.

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Tratamentos para Autismo e Níveis de Comprometimento

Os tratamentos para autismo visam incentivar a independência do indivíduo, variando conforme o nível de comprometimento. Para autistas severos e moderados, isso significa aprender a realizar tarefas básicas como se vestir, usar o banheiro, escovar os dentes e comer. A comunicação é crucial, pois ser capaz de expressar sentimentos e necessidades melhora significativamente a qualidade de vida.

Para autistas leves, o objetivo do tratamento é possibilitar uma vida mais próxima do “normal”, onde possam se sentir à vontade em interações sociais e viver experiências individuais agradáveis. Isso inclui construir amizades, estudar em classes regulares, formar-se, trabalhar, alcançar independência financeira e, se desejarem, formar uma família.

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Abordagens Terapêuticas

Análise do Comportamento Aplicada (ABA)

  1. A ABA é uma das terapias mais recomendadas para autismo, focando no reforço de comportamentos positivos. Através de ensino intensivo e individualizado, a ABA visa a independência do autista e melhora a qualidade de vida ao reduzir comportamentos problemáticos e incentivar habilidades sociais, acadêmicas e de vida diária.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

  1. A TCC trabalha a relação entre pensamentos, comportamentos e sentimentos, ajudando a criança a identificar padrões comportamentais e emocionais que precisam ser modificados. Ferramentas como desenhos e objetos podem facilitar a comunicação, e a TCC é útil para desenvolver autocontrole e compreensão emocional.

Fonoaudiologia

  1. A fonoaudiologia é essencial para desenvolver a comunicação verbal e não-verbal. Para autistas severos e moderados, métodos alternativos como os PECS são utilizados para facilitar a comunicação. A terapia envolve a família e, quanto mais cedo começar, melhores são os resultados.

Fisioterapia

  1. A fisioterapia trabalha as habilidades motoras, essenciais para atividades diárias e interação social. O fisioterapeuta ajuda a desenvolver a coordenação motora grossa e fina, além de fornecer exercícios que podem ser realizados em casa para aumentar a confiança e familiaridade do autista.

Terapia Ocupacional

  1. A terapia ocupacional foca em habilidades para a vida diária, atividades escolares e brincadeiras. O objetivo é promover a independência do autista, melhorando a coordenação motora e a percepção sensorial, o que facilita a participação em atividades cotidianas e sociais.

Pedagogia

  1. A educação é fundamental para a formação da identidade e cidadania do autista. Métodos como o TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Limitações) são utilizados para adaptar o ensino às necessidades dos autistas, promovendo uma educação inclusiva e eficaz.
A Importância da Atuação do Psicólogo no Autismo

Conclusão

O tratamento do autismo é complexo e multifacetado, envolvendo uma equipe multidisciplinar. A atuação do psicólogo, aliada a outras terapias, é fundamental para promover o desenvolvimento e a independência dos autistas, melhorando sua qualidade de vida e integração social. Cada autista é único, e os tratamentos devem ser adaptados às suas necessidades individuais, visando sempre o desenvolvimento das áreas mais importantes para cada um.

Informações da Profissional

Beatriz Morais Gil Pereira
Psicóloga
CRP: 05/70355
Instagram: @psi.biamorais
Site: www.psicologabiamorais.com.br





Psicologa Bia Morais

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